Musicas

29 de mai. de 2017

Moral. - Poesia

Moral.

Sonolentas almas perturbadas.
Aguardantes de vias seguras.
Todo dia, todo dia,
Vingar o ego faminto.

Sonolentas almas vazias,
Cheias de vazios imensos.
Eterna falta de provas.
Teste? Deixe a Deus.

Acordado ciente,
Sofrerá

21 de mai. de 2017

Aterrado - Poesia


Aterrado


Ao invés de fé,
escolhi café,
me determinei a me aterrar,
fixar meus pés no chão.

É difícil não deixar o ar me levar,
São muitas respirações, aspirações,
Mas o mundo que me afeta,
Esse eu não posso negar.

Talvez as lacunas que tenho,
Não dê pra compartilhar,
talvez, antes de mais nada,
eu só deva tentar.

Junto a fumaça mais cheirosa,
quente, forte e sem açúcar,
eu me faça mundo,
e me deixe observar.

Paixão... Ou apego. - Poesia


Paixão... Ou Apego


A dádiva de se apaixonar, 
O olhar que penetra, 
Coração que sorri, 
É desejo fluminante. 
Parece com um infarto, 
Um sorriso que não desabrocha, 
Apego, Expectativa e Esperança, 
A gente pede pra se foder. 
E pede. 
E pede. 

Até que enfim, o desencontro, 
A dor inconfundível do desamparo, 
O medo do alvo do desejo, 
A imensidão do vazio, 
É como se encher de alegria, 
E perceber que você nunca a teve. 
É uma cilada. 
Daqui... Só tempo... 
Passa... Devagar... 
Passa... E como dói... 

Até que esquecemos, 
Achamos estar bem, 
A vida segue bem sozinha, 
E quando menos esperamos, 
Quando acordar não dói mais nada, 
O nome do desejado nem faz mais efeito, 
Nesse momento, 
Reconhecemos o desejo. 
Denovo. 
Denovo. 
E Denovo... 

Como é triste... 
Viver... 
Desejar da regra, a exceção. 
Pois bem,
Ou é isso, 
Ou desvia-se de tua jornada. 
Triste. 
Mal...
Nem sei mais o que dizer.

Palhaço - Poesia



Palhaço


O palhaço tem um peso, 
Nas costas, na consciência... 
Ele não tem culpa, 
Mas no âmago, a sente. 

O palhaço tem uma função, 
Ele assusta crianças, 
Agrada adultos... 
Adultos estão errados. 

A perspectiva adulta da vida... 
Tão erronea... 
A criança traduz a magia, 
Assim desmistifica o palhaço. 

O palhaço é a tentativa de correção, 
Ele tenta trazer a magia, 
O olhar da criança, 
Onde tudo é novo. 

O adulto perdeu a graça da vida, 
O palhaço lhe apresenta, 
E por mais admiravel que seja,
Alguns não entendem. 

Eu temo, não o palhaço, 
O palhaço não tem culpa, 
Temo a necessidade de haver palhaço. 

Por que precisamos do palhaço? 
Por que levamos tudo com peso? 
Por que vemos sofrimento? 
Onde está a criança que vive em ti? 

São as respostas a essas, 
Que perturbam, que assustam... 

Mas sigo, admiro o palhaço, 
Ele assumiu o enorme compromisso... 
De trazer alegria... 
A quem esqueceu de ser criança.

Não pergunte. - Poesia


Não Pergunte.

Não pergunte o que vi,
transpassar o olhar é desacato,
mata-se a sensação,
e nada ocorre.
Quando estou triste,
moída, arrasada.
Tenho plena convicção de que não.
Seja honroso a sua atuação,
e descreia.
Herege!
Não me pergunte o que vi.