Musicas

21 de fev. de 2022

(off) Devaneio

Uma grande maioria das poesias e textos que eu escrevo são motivados por alguém em especifico. Não sempre a mesma pessoa. Há algumas, que eu escrevi algo que só eu e a pessoa entenderiamos. Há outras que eu só vomito o que eu to sentindo, pois é a melhor forma de me expressar. 

E bem... 

Fico pensando se eu deveria o nome da pessoa em questão. (?) 

Ordem.

Um ato.
Vislumbro a potência, 
Anseio pela sua atualização. 

Receio ainda, 
Ter de advogar em meu próprio nome.
Como vítima, e réu. 
Sou eu, até mesmo, o crime. 

Há em mim toda a causa e efeito, 
Todo afeto e tentativa de previsão. 
Insatisfeito sem a devolutiva,
Recorro ao tribunal, 
Início de um processo. 

Temo a condenação e ser absolvido. 
Pois condeno-me. Me julgo. 
Não consigo me perdoar. 
Inocente eu não fui. 

O processo é grande, 
Me tira o sono,
Nem lembro a última vez que dormi bem, 
Noites sendo torturado, 
Aguardando a sentença. 

18 de fev. de 2022

Putrefazer

Nem sei mais como expressar minha tristeza.

As vezes me perco na solitude,

Vejo que gosto de estar sozinho,

Mas que não estou sozinho por opção.

Há quem esteja ocupado demais,

Há quem nem queira,

E ainda, há os problemas que eu sei que possuo.

É diferente estar sozinho querendo,

E estar sozinho sem querer.

é uma tortura viver nesse pêndulo.

Eu sei que me entrego demais, 

Que invisto demasiado tempo em quem não valoriza,

E pra que?

Estou farto de mim, 

Eu me canso só de começar a pensar,

Algo em mim morreu.


O julgamento alheio pesa em meus ombros, 

Não que seja de qualquer um, 

Quem importa machuca. 


Há algo na solidão que se assemelha ao abandono. 

Pois a solidão é contingente, 

O eco da companhia machuca a alma. 

Com um ruído que nem está mais lá.