Há quem diga que não sou amoroso,
Não sabem, esses, o tamanho,
Não tem dimensão do esforço que faço,
Para olhar em seus olhos,
Para contar-lhes sobre a vida.
Não imaginam o esforço que é levantar,
O medo, a insegurança,
Não sabem, nem tem ideia.
A força pra tentar é do tamanho do amor.
Tudo é muito difícil daqui,
Eu me pergunto quem é a louca no espelho...
Me perco.
Eu fico desconcertado quando a paixão vem.
Eu não "me acho" bom o suficiente pra ninguém.
Eu tenho medo de decepcionar, de errar.
Ha quem diga que sou espontâneo.
Que não tenho vergonha.
Espontaneidade nunca foi meu forte.
Quem conhece, sabe,
Como é difícil essa fase,
Se você pudesse ver o medo pelos meus olhos,
Veria, ele é imensurável,
Mas quanto a mim,
Falar mais será demonstrar mais minha vaidade.
O que precisa saber, que quando amo,
Eu faço do meu medo uma barreira,
Um limite.
Quando amo,
Eu ultrapasso meu limite.
Se te é pouco, desculpe.
Eu te garanto que faço meu melhor,
Só queria que você pudesse ver.