Musicas

25 de dez. de 2019

Mais nada.

Eu te amo. 
Te amo por nada. 
Nadinha. 

É só o fato de você estar aí, 
E eu aqui, e nós juntos. 

Mais nada. 

Eu sei que você não me fez nada, 
Mas é especificamente no seu jeito que eu me alegro, 
Você sem fazer nada já é o bastante. 

Não quero e nem espero que me bajule, 
Que me mime. Nada. 
É justamente o seu nada que eu amo. 

Você não precisa se esforçar pelo meu amor. 
Eu te amo. E só. 
Mais nada. 

24 de dez. de 2019

Sintaxe

As vezes eu preciso me trancar no meu quarto e pensar que estou fazendo falta pra alguém. Difícil é lidar com a sensação de não estar. Sentir que você é indiferente na vida das pessoas que você ama é doloroso.
Parece um hábito infeliz, mas é que quando eu olho pra minha vida eu sinto a falta de tanta gente. É confuso isso de viver sozinho, ser um indivíduo que existe além do outro. Eu não tenho noção de quem seria eu sem que houvesse um outro significativo. Talvez seja esse o buraco, é que ninguém é nada se não for para o outro.
O hábito de se procurar no outro é dado na minha expressão de isolamento, mas também é dada conforme você conversa com alguém, fala sobre seu dia e espera uma posição, um vislumbre, algum dado do outro que acrescente algum significado a sua voz. 
O cruel é que somos viciados em significados.

18 de dez. de 2019

Fica, vai.

Se você for eu choro.
Não ligo. 
Eu chorarei sozinho para eu mesmo escutar. 
Sabe? Sozinho. 
Sem ninguém. 

Mas não vai não, 
Eu quero que você fique. 
Se você ficar, eu te faço cafuné, 
Ou uma massagem. 
Que seja. 

17 de dez. de 2019

Burrice.

O problema é que eu te procuro em outros,
Eu procuro os seus gostos, 
Sua voz, seu cheiro, seu olhar, 
Seus gestos, suas mãos, seu abraço, 
Sua boca, seu sorriso, seu beijo, 
Teu corpo, tua alma. 

Em tantos procurei, 
Mas é só você que faz meu coração bater, 
Sem saber ser discreto. 

O grave é que você não me quer, 
Me sinto completamente impotente. 
Ainda não consigo abandonar esse sentimento.