Parece um hábito infeliz, mas é que quando eu olho pra minha vida eu sinto a falta de tanta gente. É confuso isso de viver sozinho, ser um indivíduo que existe além do outro. Eu não tenho noção de quem seria eu sem que houvesse um outro significativo. Talvez seja esse o buraco, é que ninguém é nada se não for para o outro.
O hábito de se procurar no outro é dado na minha expressão de isolamento, mas também é dada conforme você conversa com alguém, fala sobre seu dia e espera uma posição, um vislumbre, algum dado do outro que acrescente algum significado a sua voz.
O cruel é que somos viciados em significados.
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