A palavra que atravessa o peito,
Faz me escorrer os olhos.
Talvez não seja minha culpa.
Talvez não seja minha culpa.
E eu irei me repetir isso até me convencer.
Nada sob o horizonte.
Um absoluto devaneio,
Uma ida sem pontos de parada,
Só um.
A palavra que atravessa o peito,
Faz me escorrer os olhos.
Talvez não seja minha culpa.
Talvez não seja minha culpa.
E eu irei me repetir isso até me convencer.
Nada sob o horizonte.
Um absoluto devaneio,
Uma ida sem pontos de parada,
Só um.
Nem vejo motivo pra continuar,
É tudo estupido.
Um vazio revoltante.
Feliz de quem vê objetivo em algo,
A resposta parece sempre um papel.
Não há motivos pra apreciar o céu.
Nem tenho vista para contemplar,
Tudo o que tenho é a sala de espera,
Do encontro.
Seja ele qual for.
Por mais que a memória me assombre toda noite,
E traga falas tuas, que me magoaram,
Que me quebram o coração.
Não sou capaz de abandonar esse sentimento.
Recomendo que preste atenção em seus sentidos,
Em quem disse, e o que disse,
Em quem fez, e o que fez,
Procure repetições,
Não busque tanta atenção, dê.
Pois ao conseguir prestar verdadeiramente atenção,
Conseguirá vislumbrar quem te acompanha,
E quem só passou do teu lado.
Eu olho pra nossa relação, e fico revendo todos os meus erros, não é como se você tivesse sido impecável, mas, eu consigo relevar e perdoar todos os seus erros, por amor mesmo, meu sentimento por você foi (ou é) maior do que qualquer impecilio que tenhamos vivido.
A questão talvez seja que eu não me ame o suficiente pra me perdoar, eu vejo meus erros e me assusto com quem eu vejo, com o que eu sou (ou fui), e bem, hoje você nem está mais aqui, já faz tempo que não te chamo pra conversar.
Eu sei que você diz que ja perdoou, e que eu não preciso me sentir assim, mas dói ver que eu sou o que mais temo com quem é importante pra mim, talvez se você fosse um desconhecido eu engoliria meu comportamento mais facil. O erro com o amado dói mais.
Sinto que estraguei tudo.
É um misto doloroso entre auto-percepção e ruptura, nem consigo escrever as perguntas dolorosas que eu coloco pra mim infindavelmente, sem entender bem mais o por que disso me machucar tanto.
Sem dúvidas terei chances de me melhorar como pessoa, infelizmente você já não está mais aqui pra testemunhar, só vai ser o núcleo duro, o motivo forte pelo qual eu temo errar.
No geral,
Quando me queixo de ver o dia amanhecer,
As pessoas dizem que é meu corpo pedindo arrego,
Mostrando que não aguenta.
Mal sabem elas como eu fico de dia.
Eu fração.
Retalho, corte.
Eu pedaço.
Pequeno, incompleto.
Detonado, estilhaço.
Eu longe, distante.
Pra acalmar alguma dor.
Você imenso,
Grande demais,
Apertado, expremido.
Apequenado.
Fugitivo, escapadiço.
Tudo fica turvo.
Mais um dia se inicia,
Todos com seus planos,
Metas e tudo engrenado.
E eu aqui.
Tudo indo.
As pessoas se conversando,
Se entendendo, se gostando,
Vivendo.
E eu vendo.
Uma mente surtada,
Me questionando profundamente,
Se eu realmente pertenço a algum lugar,
E pro meu desespero,
Parece que não.
Sonhei que lhe visitava,
Uma ultima vez.
Fui na missão de recolher tudo o que era meu,
Que estava ali,
Eram muitas malas,
Se ofereciam pra ajudar.
Parecia haver pressa pra que eu saísse.
Todos de luto, e eu com pressa.
Saí sem olhar pra nada.
Subi no veículo, e parti.
Levava minhas memórias,
De coisas e pessoas que vivi ali.
De gente que ja se foi.
Não me despedi,
Ja não me sentia bem do teu lado,
Pra mim era uma pessoa estranha.
Um olhar esquisito.
E assim sonhei.
Depois de ouvir meu mais profundo pranto,
Meu amigo não me disse que ia ficar tudo bem.
Por que, de fato, não iria.
Ele não me pediu pra olhar positivamente,
Pois não há lado positivo.
Ele não tentou mostrar algo maior,
Certamente disputar não é uma opção.
Também não me disse que era uma lição,
Pois não há nada a aprender.
Tudo o que ele me disse foi
"Doeu em mim".
E talvez, tenha sido a coisa mais sensata,
A mais sincera, mais empática.
Pois veio duma vontade de escutar,
E não de responder.
Estou farto de respostas prontas.
Ciclo vicioso.
Hábito ruim.
Doença.
A bad me pega novamente.
Abala minhas estruturas,
Tudo vira pó.
Tento fugir e no desespero,
Só me afogo mais.
E nem falar sobre ela eu consigo,
Eu também nem teria pra quem falar,
Todos cansaram, ja desistiram.
Sinto falta de laços que se desataram
Faz décadas.
E me machuco com os presentes.
Penso naquilo todo maldito dia,
E nada.
Tudo dói.
Dá medo.
O passado é triste pois, sem ele,
Eu não teria ideia do que perdi.
E o futuro é mais medonho.
Tudo sem foco, nublado.
Barulho, ruído.
Escorre, queima e gela.
Parece o começo do inferno
Se você estivesse muito magoado e ferido,
Pra onde você iria?
Pra quem você contaria?
Qual é o ombro que te acolhe?
Se você estivesse perdido,
Sem ver saída,
Sem esperança...
Pra onde você iria?
Se as paredes berrassem suas dores,
Aonde o seu lar seria?
Se seus ouvidos não aguentassem,
Com quem você falaria?
Se a dor fosse insuportável,
Se o medo lhe dominasse a alma,
E se a solidão fosse a sua casa.
Quem é que você seria?
Minha vida seria melhor,
Se eu não tivesse lhe conhecido.
Não que você seja tóxico,
Também não é nada que tu tenha feito,
Não penso que as pessoas deveriam te evitar.
Tem a ver comigo,
Sobre algo que eu sinto em relação a você,
Que me tortura, me magoa,
Me mata aos poucos,
Ciclos viciosos que eu mesmo criei.
Ainda assim, mesmo sendo eu,
Nada disso seria se não fosse você.
Se não fosse as conversas que tivemos,
O cuidado que trocamos,
E talvez, uma das poucas vezes que senti,
De fato,
Que alguém gostava de estar ali.
Comigo.
É triste querer se lambuzar de algo escasso.
Algo escasso como amor.
Enfim, é isso.
Preferiria não ter lhe conhecido,
Mas ja que conheci, sofro.
E assim sigo.
Vejo gente pedindo ajuda.
Vejo gente desistindo.
Ouço as vozes que doem na pessoa,
Vozes de outros, que ressoam,
Como navalha em carne viva.
Dói em mim.
Vejo gente absolutamente sozinha,
Escrevendo sua carta de despedida,
Pedindo perdão pra esperança de um laço.
Gente que cansou, que não entende,
Gente magoada, gente triste.
Tristeza.
Gente que não tem oportunidade de sair da tristeza.
Percebo a divergência,
Falam uma coisa, fazem outra.
Dizem que amam, agridem.
Dizem que confiam, sufocam.
Dizem que respeitam, silenciam.
Palavras que soam apenas como dor,
Como uma experiencia mal provada de mundo,
Um amor ruim, um cuidado ruim.
E não é difícil entender o fim das perspectivas.
Gente confusa, gente violenta.
Vejo muita coisa,
Só não vejo saída.
Por qual motivo eu sinto tanto as ausências das pessoas?
Pessoas que se foram por que queriam.
Ou até por que eu quis que fossem.
Que eu cortei relações,
Que eu me afastei.
Justo quando não pode ficar pior,
Eu sinto.
A falta vem.
Daquele papo específico, do horário.
Do tempo que investi e reinvestiria.
Mas essa danada ainda me põe dúvidas,
Fico martelando e tentando entender.
As vezes me desligando ainda mais,
E me sentindo bem por não ter que lidar,
Por não ter que atender quaisquer expectativas,
Mas ainda assim.
Ainda a falta vem.
Junto dela, em princípio,
Uma magoa avassaladora,
De perceber que há pessoas que se foram por erros meus.
E de que há pessoas que eu não conseguiria perdoar.
Me sinto ameaçado, temoroso.
Mas, as vezes é só uma questão de entender minhas dores,
E aprender a sumir aos poucos.
Preciso que você suma...
e eis que eu sei bem como.
Não há nada que escape do meu feitiço.
É cauda de escorpião,
perna de armadeira,
ferrão de vespa,
mordida de cobra,
é pelo de tarântula.
Eu sei que você será atraído
pelo meu doce perfume,
mas será fatal a ti,
não há quem seja imune.
Vai ser uma química sem igual,
que lhe devora pra se sustentar,
pois querido,
a vida se alimenta da morte,
e eu estou pronto pra lhe devorar.
Começaremos do zero,
uma historia que se constrói em alicerces de gelo,
lindos, cristalinos, limpos,
transparente.
Eu quero saber de ti,
e quero que saiba de mim,
mas não há gelo que suporte o calor da paixão.
Querido, é como uma arte na neve,
vai ser belo enquanto durar,
sobrevive na memoria,
e apenas lá parece ser o suficiente
pra aguentar as labaredas do desejo...
O gelo que derrete torna-se água,
escorre pelas mãos...
evapora.
Você me magoou.
Dói.
e faz tempo que dói,
não sou bom em perdoar,
alias, sou péssimo em abandonar sentimentos.
são anos, quase década
uma ferida que volta e meia abre
fica exposta
arde
machuca
lateja
e eu só queria conseguir ignorar.
Meia noite
aquele silencio penumbral
entre uma luz esperançosa
e um temor cego
basta um piscar de olhos para ser devorado
quem dera fosse possível correr
se esconder atrás de alguma moita
dos meus pensamentos
mas só cabe a mim assisti-los,
tentar vê-los com olhar distante.
Tantas vozes, tantas mensagens...
quantas memorias marcadas pela magoa que me devora,
me mastiga devagar
pra me regurgitar num mundo encolhedor.
e me deixar lá, deteriorando.
Ao menos ao poucos vou sumindo...