Musicas

30 de set. de 2015

Desejo-te - Poesia



Desejo-te

Num encontro coincidencial,
com frequencia diaria,
quase como uma vivencia, um lar,
onde só há trocas com o olhar.

Se te quero, é pelo teu corpo,
se te desejo, é por suas palavras,
se lhe tenho com tesão é pela companhia,
se lhe sinto, é pelos seus olhos.

Corpo, Mente, Alma, Coração, Espirito,
Tudo atrai, tudo sentido,
Cheiro suas palavras,
Em sua boca, escuto sua doce presença...

Brinco com meu corpo,
Pratico-me, me aperfeiçoo,
Para ti, ou até para o eu,
Afinal, é só um jogo de egos.

Te percebo,
Seus Olhos,
Há algo que quero ver,
A mim? Estou Confuso!

Corpos que se articulam,
Brincando e gozando,
da presença alheia,
de quando não nos sentimos só.

Sozinho, quero usar da imaginação,
Contigo, partilhar do nosso tesão,
Vazio, ou Cheio de Sentido,
Desejo-te.

29 de set. de 2015

Lisergia - Poesia



Lisergia

Tudo segue, automaticamente.
Costumes, Falas e Sentidos,
Encontros despercebidos...
Até que cai a gota que faltava.

Pupilas Dilatam,
As paredes criam formas,
De Pokémons a Arvores Dançantes,
Parece que vivemos em Nárnia...

Tudo Cíclico,
Laços contínuos, repetitivos,
Tentando descobrir o Mistério que nunca tem fim,
Que é desvendado por meros instantes.

As artes voam perante os olhos,
onde estava aquele detalhe que não percebi?
As cores são diamantes,
Tudo é tão diferente e bom.

O Sentido se perde em um segundo,
A vida é uma sequência de sentidos,
As relações são uma brincadeira de detetive,
Quero respirar.

Achei que estava enlouquecendo,
Mas a loucura é o que nos move,
Quero voltar a olhar, voltar a sentir,
É a melhor experiência do estar.

Não me sinto caindo,
Não, eu não sinto.
É o peido que não vem, o arroto
 É o verdadeiro caos.

As Tempestades são tão belas,
Os espelhos me divertem,
Os corredores não tem fim,
Elevadores os tomam e estão subindo.

Querendo sentir,
Querendo rir,
Querendo peidar,
Quero me Aliviar!

Fumaças tomam formas divertidas,
Tudo o que procuro, encontro,
A assimilação é incrível.
Enfim, já sabia que uma poesia não ia conseguir descrever.

25 de set. de 2015

Maldição - Poesia



Maldição

Eu não sei como expressar,
Minha vontade é imensa,
Contrariando a minha voz,
Ela não sai.

Só na minha cabeça,
No meu peito, as palavras sufocam o coração,
A Língua continua Estática,
A Boca, aberta, em desespero.

O que é isso que me prende?
Tenho receio de me expressar e não ser entendido,
Quero que soe leve, mas não sei,
Talvez ele não vá reagir como minhas expectativas.

Só queria dizer que o amo,
que lhe quero bem, que lhe quero nu,
que quero sentir o calor de seus braços ao anoitecer,
Quero Acordar e olhar em seus olhos...

Eu o assusto, ele foge,
Não consigo agir diferente,
Quero dizer tudo que sinto,
e ouvir tudo que ele sente.

Mesmo que seja uma quebra de expectativa,
até mesmo, um coração quebrado,
quero sair com a verdade...
O que me Impede?

7 de set. de 2015

A Fuga - Poesia


A Fuga

Ao sentir o frio,
o ar adentra-me com cheiro diferente,
um misticismo entre cheiro e realidade,
Abro-me a novos olhares,
em janelas de percepção,
os olhos refletem a luz a qual se identificam,
ser idêntico e simplesmente ser.
Sentir o cheiro idêntico ao frio,
Estar com frio sendo o cheiro refletido,
posso estar enganado e até mesmo perdido.

Em uma sala, sentado,
me deparo com minhas idéias,
absolutamente nada faz mais barulho que o silencio.
berrando verdades, berrando erros,
é enlouquecedor, embora não saiba o que é loucura,
porque nos distanciamos desse barulho?
Parece que estamos sempre em fuga,
sempre tentando nos convencer.

Fazendo a realidade tremer,
E nossos passos nos distanciando,
Posso andar em qualquer batida,
ninguém nunca sabe...
Perdidos ao vento, com medo,
enfrentando o passado que ficou atrás,
o que é tudo isso?

Todos no mesmo mundo,
no que se convencionou real,
no que existe, nós nem sabemos o que é isso,
Nos une, e ao mesmo tempo estamos tão separados,
uns com tanto, outros com pouco,
eu assumo o medo disso,
Mas é a União que me assusta?

Aos socos, berros e chutes,
tentando lutar e mudar,
tentando buscar o melhor dos mundos e fugindo...
"Da tal realidade"
Porque esquecemos das nossas metas antes de dormir?
Porque o barulho nos assusta dessa forma?
Onde eu posso ir?
Pra que eu possa respirar?

3 de set. de 2015

Diante de Ocupar - Poesia


Diante de Ocupar

Ao enclarecer da noite,
Avistando o sol de janelas quadradas,
ter uma casa parece criminal,
Resistindo.

Tudo alucina, gera expectativas,
o nascer do sol parece colorido,
as musicas começam a nos deixar aflito,
e o movimento deixando-nos doloridos.

Acordados, em atividade,
enquanto os cômodos em suas casas dormem,
em nossos cômodos, frutos de nossa luta,
fecharam os olhos, e dormiram.

São esses os acontecimentos,
tudo partindo de esquecimentos,
alguém se lembra de nós?
É fruto da alucinação?

Está batendo aquela fome,
Daqui a pouco o Almoço,
Conquistado, e filtrado apenas pela condição,
Nunca há para todo mundo,
parece que esqueceram dos autores,
Nós, do plural.

Aqui não há conforto,
Aqui não é comodo, muito menos privilégio,
existem palavras menos errôneas,
como reconfortante e acomodante,
mas longe de privilégios.

Continuamos, dia após dia,
pedindo conforme o avançar,
apenas uma cama para dormir,
e uma casa para morar.