Mais uma vez escrevendo sobre coisas que se passam na cabeça, eu imagino que muita gente imagine uma estrategia elaborada de dar ordem a um texto, a uma narrativa, não sei se faço-o assim.
Tenho preguiça das imaginações sobre o que seria ordem, são todas uma bela maneira de mostrar como a arte pode ser mal feita. Mal costurada. Mal vivida.
Ordem, que coisa ridícula. Inventaram o mais terrível dos deuses, a ordem. A mais frutífera das árvores do jardim do éden : a ordem.
Devo admitir sem hesitar: os humanos são verdadeiros suicidas a todo momento. O mais interessante é que negam a vida afirmando sempre um estilo dessa própria, acreditando serem inéditos em suas estratégias de vivê-la, ou até mesmo querendo preservar costumes.
Tenho raiva dos humanos. Ódio. Eu adoraria que todos nós morressemos. Pois somos a parte mais podre desse mundo. Somos eu e você suicidas que não tem a coragem de matar o corpo, então nos matamos nas ideias.
Nos matamos em olhares tortos, vozes graves, sinais de mão, até nos amores: com quem queremos foder, com quem queremos dividir o pão. Tudo em detrimento do corpo, por mais que tentemos nega-lo. E há corpos que vencem e corpos que perdem. Odiamos o que vencem por que é chato perder e odiamos os perdedores por termos sidos ensinados muito bem a odiá-los. É ciclico. Imbecil.
Mas ainda cabe a imaginação do humano negar isso, e fingir que não ocorre, que há outra forma, mas essa, sempre preservando vencedores e perdedores.
Musicas
15 de jun. de 2019
Mais uma vez maquiavélico.
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