Musicas

9 de jan. de 2020

Delírio.

Já é noite,
Eu não quero dormir. 

Eu lembro dele, 
E de todo o meu amor, 
Sentido apenas por mim, 
O seu toque e seu coração. 

Como dói. 

Ser abandonado pelo seu amor não correspondido. 
Mas é a calada da noite que berra as maiores poesias. 
Grita desesperada por atenção. 
Eu não sei o que fazer sem ele. 
Eu sinto falta de seu olhar, 
De seus resmugos a noite. 

Eu terei que conviver com isso. 
Eu terei que conviver com isso. 
Conviver com isso. 
Eu. 

Eu sei, 
É egoísmo demais apontar meu coração partido. 
Me fechar num sentimento sem sentido algum. 
Mas quem foi o imbecil que disse que eu controlo isso? 

Ele era o meu mundo inteiro. 
Meu norte, meu objetivo. 
E é algo difícil de abandonar. 

Pensar nisso como uma paixão qualquer. 
Um delírio da meia-noite. 
Meu novo bicho papão. 
Minha nova assombração.
E eu... 
Eu terei que conviver com isso. 

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