Tudo o que sentimos é lixo.
Descartável, e as vezes nojento.
Mas que essa afirmação assusta.
Então tentamos convencer o outro que não,
Embora o mundo não cesse,
Em nenhum segundo sequer,
De fazer com que engulamos nossos afetos.
A gente tenta convencer o outro,
Mas não consegue mentir pra si mesmo.
É tudo um jogo imbecil.
Com regras tristes.
Cor da pele, sangue, formato,
Genitalia, genitalia, genitalia.
É um mundo insano.
A gente nem quer saber de ninguém.
Só desse buraco impreenchivel.
De um amor rico, de um amor valoroso.
Mas que é um lixo.
Algo completamente asqueiroso.
Mas ainda tentamos convencer o outro,
Pois a nossa desgraça não é o suficiente,
Não nos abalamos pela evidência.
A vida segue de um jogo triste.
Um jogo de verdades.
De ilusões, de ficções, de faxadas,
De erros!
Nós somos o animal asqueiroso,
Querendo feder a divindade.
Não se sabe nem o que é amor,
Sabemos o que é dinheiro.
Sabemos o que é privilégio.
Se dar bem, se dar bem.
Humanos desgraçados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário