Sei bem do que e como ocorre,
Talvez paranoia,
Mas suficiente para me enlouquecer.
Cansado de ser o amante,
Eu quero gritar as minhas dores
No silêncio mais profundo
Aquele que constrange,
E assusta.
Pois estamos apenas nas nossas cabeças.
Eu que não sou,
Preciso ser algo para deixar de ser.
Alma essa que nem sei quem é,
Assisto à aquilo que algo pensa,
E encantado, me pergunto,
Quem é esse que tanto me faz pensar?
Esse que me olha encantado,
Vem e some.
Consegue ver beleza na minha dor,
E isso me toca profundamente.
Eu sequer me sinto pressionado,
Surpreendido.
As nostalgias me assombram,
É de um escapismo grosseiro.
Meu coração não sabe revolucionar.
Me liberto das amarras das consequências,
Da busca, infeliz, da felicidade,
Desprendido de tanto atribuir valor,
Me afasto.
E tento ver de longe
Esses mosaicos toscos.
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