Musicas
31 de dez. de 2017
Nefasto - Poesia
14 de dez. de 2017
Lixo
Perdia horas pensando...
Pensando em quem doía menos,
Em quem valia mais,
Que corpo suportava melhor,
Quem era o vantajoso,
Qual era o motivo...
Tanto tempo...
Nenhuma resposta...
Só vejo tristeza em vossos olhos,
Seja no espelho ou na catedral,
Seja na praia ou no bar,
Nos feed vazios repletos de cinismo.
Só tristeza.
Vejo o cansaço nas costas,
A mente pesada de tanta bordoada,
Ouço o silêncio dos violentados.
Sinto a mediocridade.
Em vossos, nossos corpos.
Meus olhos ja seguram,
Minha vista embaçada,
Ouvidos treinados.
Sou medíocre, sou pedaços,
Sou idiota e esquisito,
Um estranho, um louco,
Um ressentido,
Um bicho.
Um bicho...
Um lixo.
3 de dez. de 2017
Corpo
A vida me disse cedo:
Se vira.
Virado para o mundo apanhei,
Pois minhas dores são piada,
As minhas cores não são valores,
E minhas marcas, não declaradas.
Vivi fugindo do espelho,
Sem me enxergar, sem ver,
Sem olhar tudo que neguei.
Talvez a resposta esteja lá,
No que eu não quero ver,
Não por medo do que verei,
Mas do que estará me olhando.
Rugas, pele, fluído, carne, suor,
Sangue, vísceras, glóbulos e gônadas.
Isso não era medo meu,
Me ensinaram a me temer.
Talvez eu não consiga explicar,
O dezespero e o desgosto.
Talvez seja vaidade,
Ou talvez...
Eu seja só corpo.
25 de nov. de 2017
Epoché! - Poesia
Epoché!
23 de nov. de 2017
Memórias
Demasiado Simples
Demasiado Simples
15 de nov. de 2017
Companhia
Companhia
20 de out. de 2017
Suicida.
Suicida
Execrável dureza de Ser.
O sexo.
Por que o sexo?
Reprodução?
Prazer...
Por todos os Deuses!
Eu os clamo para esclarecer,
Por que o sexo?
Para aliviar tensões?
Ciclos sociais? Aceitações?
Pois que forma degenerada e decadente.
Tudo pelo sexo, pelo sexo!
Corja mutiladora de não-identidades!
Que o sexo é bom por natureza,
Disso não duvido,
Mas pra quem não é mais animal...
Ou melhor, pra quem acha que não é.
Eu duvido!
Podre.
Uma decadência.
Eu tenho raiva.
Que por mais que não entenda,
Por mais que não tenha razão alguma.
Como essa porcaria,
Consegue ser tão gostosa.
Devo ser um lixo mesmo.
A execrável dureza de ser.
Como?
Escuridão que chega calada,
A brisa que faz janela assoviar,
Os tons de pensar mudam.
Olho para o teto, turvo,
A noite me pede respostas,
O que é a morte?
Por que estou aqui?
A filosofia não ajuda a falar,
Entender e discursar sobre o mundo,
Sobre a vida e suas contradições.
Não auxilia nem um pouco.
A filosofia ajuda-nos a apreciar.
O silêncio, essas respostas,
De como foi ontem,
Como sera amanhã.
Fico aqui, calculando, no silêncio.
Me pergunto como cheguei aqui,
Cada processo... E confesso.
No silêncio, coisas que não quero ouvir.
Não é um estado triste, mas dói.
Sofro por não saber o que não é a vida.
Mas consciente do que tem valor,
Da vida, a única que posso experienciar.
Me silencio, não por entendê-la,
Mas para aprecia-la.
18 de out. de 2017
Alucinações lúcidas.
Mais uma vez,
Um antigo amigo bate a porta,
É o tédio.
O silêncio grita alto,
Estremece meus desejos,
Foco na visão,
Percebo pouco.
Sinto o vazio.
Quer se preencher.
Dói.
Um inseto encosta em mim,
Num susto,
Onde eu estava?
Como pode ser possível?
Não estava eu olhando para o nada?
Para o nada...
Para o vazio.
Quando o mundo é vazio de si,
E busca preencher-se fora...
Ou busca preencher-se por si só...
Não entendo.
Como posso eu atribuir algo a mim?
Sou nada? Sou vazio?
Serei eu um eterno apaixonado?
Sempre me preenchendo...
Na atribuição do outro.
O inseto caiu no chão.
Meu joelho treme,
Tenho medo de aranhas.
Mas felizmente é um besouro.
Não é mais um problema.
Voltando ao tédio,
Onde eu estava?
Ah é!
Estava tentando descobrir onde estava,
Acho que estou ficando louco...
Eu não estava assustado com o inseto?
O tédio... O inseto...
Por fim o inseto me levou o tédio.
O tédio agora volta a mim.
O tédio!
É o vazio que vai e volta.
Como um copo sem fundo,
Um cilindro por onde algo passa,
E mexe com minha energia...
Pff.. Viajei.
Agora que escrevi não faz mais sentido...
Sentido...
O que é sentido?
Será que o sentido é algo que passa pelo vazio?
Pelo tédio?
Mas o que é o tédio?
18 de set. de 2017
Pedra
Talvez seja mais fácil, ser pedra.
A pedra é inútil,
Não sente, não se machuca,
Vai pra onde o mundo mandar,
Não pensa,
Não é quase nada.
Eu gostaria de ser uma pedra.
Mas sou humano,
E infelizmente,
Eu me machuco tanto,
Com as pessoas que agem comigo,
Como se eu fosse uma pedra.
16 de set. de 2017
Apequenado.
Dissuadido,
Perco o sentido,
São tantos discursos vazios,
Eu não entendo mais onde encaixo,
Sou como uma peça manchada,
Mesmo encontrando um lugar,
A arte ficará falha.
Apequenado,
Tanta gente ao lado,
Berrando, convencendo,
Sei lá, é triste, é apequenador,
Isso me angústia,
Estamos juntos ou não?
Eu já não entendo mais.
Pessimismo que bate a mente,
Decandente, indiferente,
Cansado desse jogo falido.
Cansado da necessidade,
Um jogo sem fé,
Caminhos que se embaralham,
Esbarro, sofro, dói,
Vazio.
Ouço passos sem fim,
Gritos perdidos,
Risadas sádicas,
Ja nem reconheço meu reflexo,
Escorrego na ideia,
E a vida parece ser bem menos,
Apequenado,
O coração dói.
E o pior,
Parece não haver escapatória.
2 de set. de 2017
Curva de Potência.
Mais uma vez o fogo que arde em mim se levanta, agora não mais tão direcionado a uma identificação, mas justamente o contrário, algo ocorreu nos últimos dias.
Não tenho me sentido profundamente tocado, pra ser bem sincero, me sinto muito protegido de tudo o que o mundo apresenta, o caos pode tomar o meu dia, mas consigo retribuir o que vejo com certa calma.
É exatamente isso que vem me surpreendendo, eu estou vendo o amor fazer falta, e sem me afobar, me dedico.
Embora esteja parecendo papo de sábio das montanhas, as explosões que tenho, sejam de raiva ou de tristeza, são rapidamente superadas, estou bem.
Algo ainda me incomoda, a tentativa alheia de me fazer me relacionar com alguém, por que segundo eles, isso está me deixando louco, perturbado e triste.
Não sei bem como reagir a isso, nunca me senti tão bem com o que tenho de mim, não quero me relacionar com alguém tão cedo, cheguei a conclusão de que esse tipo de relacionamento destrutivo em que se enfiam as pessoas não me ajudará a nada, a não ser satisfazer um desejo meramente carnal. Não quero fazer de ninguém uma ferramenta para meus desejos.
Voltei a pouco a Marília, sinceramente, acho que fiquei pouco tempo em jacarei, gostaria de ter ficado mais.
Ando estudando quase que por vício, lendo vários livros, e me afogando em café.
Quanto a meu sono, parece estar mais alinhado com o que se espera de mim, no entanto, tenho sonhado, e isso ja faz alguns anos, quase todos os dias que eu estou perdendo dentes.
Me sinto vivo.
Felicidade. - Poesia
Felicidade.
Um símbolo para tanta diversidade,
Símbolo de significados múltiplos,
Contraditórios entre si.
Há quem analise como prazer,
Outros como um vazio.
A rebeldia dos símbolos agride.
Agride quem não os entende.
Uma ideal forjado por poder,
Por padronização e categorias,
Históricas e Sanguinárias.
Contemporâneamente a mim,
A felicidade é um valor,
E também é desconhecida por muitos.
Um símbolo...
Será a felicidade uma questão de fé?
Provoco. Enfatizo.
É possível ter a felicidade?
Estar feliz?
Seria a felicidade o esquecimento?
Da Morte. Da Tristeza.
Ou a aceitação?
Da dor, do sofrimento.
Será a felicidade individual?
Felicidade.
Aqui está um problema difícil.
27 de ago. de 2017
Eu não te roubei. - Poesia
Meu coração berra seu nome,
Fico me perguntando...
Quanto tempo isso vai durar?
Nenhum agosto passa despercebido
Eu queria falar isso pra alguém,
Mas nem tento,
Na certeza de que não vai adiantar.
Era 1 em 7 bilhões.
As vezes acho que é como vencer na loto,
E perder o bilhete.
A falta da oportunidade é o que me mata.
É o que entristece e angustia.
Eu sinto saudade.
Minha paixão ficou sem objeto.
Eu só queria que isso passasse.
Não é como não ser correspondido.
Isso dói muito, mas passa.
Só uma coisa me entristece.
13 de jul. de 2017
Desvio de Potência.
29 de jun. de 2017
Medo - Poesia
Há quem diga que não sou amoroso,
Não sabem, esses, o tamanho,
Não tem dimensão do esforço que faço,
Para olhar em seus olhos,
Para contar-lhes sobre a vida.
Não imaginam o esforço que é levantar,
O medo, a insegurança,
Não sabem, nem tem ideia.
A força pra tentar é do tamanho do amor.
Tudo é muito difícil daqui,
Eu me pergunto quem é a louca no espelho...
Me perco.
Eu fico desconcertado quando a paixão vem.
Eu não "me acho" bom o suficiente pra ninguém.
Eu tenho medo de decepcionar, de errar.
Ha quem diga que sou espontâneo.
Que não tenho vergonha.
Espontaneidade nunca foi meu forte.
Quem conhece, sabe,
Como é difícil essa fase,
Se você pudesse ver o medo pelos meus olhos,
Veria, ele é imensurável,
Mas quanto a mim,
Falar mais será demonstrar mais minha vaidade.
O que precisa saber, que quando amo,
Eu faço do meu medo uma barreira,
Um limite.
Quando amo,
Eu ultrapasso meu limite.
Se te é pouco, desculpe.
Eu te garanto que faço meu melhor,
Só queria que você pudesse ver.
17 de jun. de 2017
Estrela - Poesia
Eu sou a noite,
Eu apareço no sumir da luz,
Ha quem consiga em mim ver brilho,
Mas ha vezes em que o céu esta escuro,
E a negritude fará de mim um vazio,
Vera tudo escuro e vasto,
Um vazio devastador,
Eu encanto quando deixo a luz passar,
E ludibriar os outros,
Ha vezes em que derrubo lágrimas,
Talvez aconchegantes, talvez solitárias,
O sono que sentem eu queria negar,
Ha vezes em que norteio,
Basta reparar bem,
Noutras, eu sou um vazio imenso,
Eu não existo à luz do sol,
O amanhecer me mata,
O cotidiano é pesado demais pra resistir,
Frivolidade apaga minha luz,
E essa só se mostra as vezes,
Na escuridão da noite,
A estrela maior me torna oculta,
Eu desapareço, mas continuo lá,
Brilhando, mas impossivel de ver,
Me revelo a poucos pontos de vista,
Pois nem todos querem ver brilho,
Alguns escolhem por não me ver,
E para esses eu sumo,
Não porque quero,
O motivo está em outros olhos,
Eu não entendo,
Só brilho em meio a noite que ressoa
Brilho sempre em movimento,
Minha luz te vê bem.
Eu sou uma estrela.
Posso não ter beleza ao brilhar,
Não carrego conhecimento algum,
Não tenho sentido e nem forma,
Eu estarei sempre brilhando...
Pois pra quem quer ver luz,
Tem que entender.
Luz não existe sem escuridão.
29 de mai. de 2017
Moral. - Poesia
Moral.
Sonolentas almas perturbadas.
Aguardantes de vias seguras.
Todo dia, todo dia,
Vingar o ego faminto.
Sonolentas almas vazias,
Cheias de vazios imensos.
Eterna falta de provas.
Teste? Deixe a Deus.
Acordado ciente,
Sofrerá
21 de mai. de 2017
Aterrado - Poesia
Aterrado
Ao invés de fé,
Paixão... Ou apego. - Poesia
Paixão... Ou Apego
Palhaço - Poesia
Palhaço
Não pergunte. - Poesia
18 de fev. de 2017
It's Not About Money - Poesia
It's Not About Money
está todo mundo com pressa,
e esquecem que a vida é aqui e agora...
Sei que você pode sentir isso,
essa vontade de viver,
e em contrapartida,
a corrida pelo dinheiro impedindo.
São tantas obsessões,
parem por um segundo,
olhem para o lado,
é a vida que está acontecendo.
Chega de se importar com dinheiro,
um papel de passagem,
procure algo que faça valer a pena,
valer a sua efêmera existência.
Minhas Asas - Poesia
Minhas Asas
Entre Anjos e Demônios,
Pulverizando Corpos,
Sigo sem confiar,
Não é como se fosse preciso, ...
Não existe razão,
Não existe feitiço,
Fechar pactos,
Tudo parte de uma briga entre irmãos,
Linha fina...
Entre o Céu e o Inferno.
愛 - Poesia
愛
Menino revoltado,
O feio, ridículo,
Estranho, afetado.
Eu, sem perspectiva,
Não pensava em saídas,
Quem sabe um abraço,
Talvez, um esculacho.
Eu, vaidoso,
Eu amava, eu amava.
Ninguém amava mais que eu.
Pena...
Eu, silencioso,
Não havia ninguém pra escutar.
Eu sozinho,
Queria um lugar pra voltar.
Eu, amante iniciante,
Sentia o perfume agradar,
E com o coração partido,
Só sabia chorar.
Eu, passei,
As lágrimas fizeram o caminho,
E hoje falo, sincero,
Com aqueles que tenho carinho.
Só Amo - Poesia
Só Amo
Me diga que ouve,
Leia o que tenho a te dizer...
eu fujo feito pássaro,
minha liberdade me abre as asas,
e me imagino no ar.
pois alegre ao te ver,
expresso.
sem justificativa nenhuma,
Só Amo.
Quem? - Poesia
Quem?
Quando as coisas saem do lugar,
Nós saimos, nós tentamos.
Mas é mais fácil se convencer de sonhos.
...
Onde esto-ou?
Quem sabe a pergunta faça mais sentido,
Se estiver nos ares.
Ou?
Ou?
Quem será o mirado da vontade?
Ou?
Ou?
Me diga o que quero dizer...
Chave - Poesia
Chave
Não temer nada.
Eis a chave da Inteligência,
e se por ventura,
aventurar-se com a ilusão,...
fantasias e indeterminações...
Lembre-se.
O Amanhã não existe.
Mascarar - Poesia
Mascarar
Falsos sorrisos,
Plastificam interiores,
Produtos, Serviços,
Exportam, importam,
E quem se importa? ...
Aos interesses humanos,
Convívio, Coletivo...
Seremos sempre mercadoria?
4 de jan. de 2017
Aqui de Dentro - Poesia
Aqui de Dentro
Estou em trapos,
Com os olhos apagados,
Nada brilha, nem faísca.
E novamente estou aqui,
No escuro, gritando, desesperado,
Socorro, eu estou perdido.
De dentro o barulho me mata,
Torço tanto pra acabar.
Me sinto ingrato,
Penso no meu amado, sabe?
Mas só penso...
De desejo,
No meio de tantos outros.