Musicas

31 de dez. de 2017

Nefasto - Poesia


Nefasto

Esse mundo é estranho,
Eu vejo as pessoas conversando,
Eu vejo elas rindo,
Sem abraços, sem expressão,
Sem toque...

Sem poder encostar,
Conversas em círculos,
Isso mata aos poucos.

Esperando o amanhã para tudo,
Como isso dói, como isso machuca...

Pessoas caindo no esquecimento,
Pessoas deixadas pra lá...
"Carentes demais"

Talvez eu que seja ingenuo demais,
seja idiota demais por amar demais,
pois eu prefiro continuar ciente da minha idiotice,
do que me crescer de inteligencia nesse mundo podre e cretino,
Nesse verdadeiro chorume que vocês chamam de emoção,
Fria, Apática, Apagada, sem beleza alguma.

Devo estar cego,
O que será que eu não consigo ver...
Nesse mundo doente.

14 de dez. de 2017

Lixo

Perdia horas pensando...
Pensando em quem doía menos,
Em quem valia mais,
Que corpo suportava melhor,
Quem era o vantajoso,
Qual era o motivo...

Tanto tempo...
Nenhuma resposta...

Só vejo tristeza em vossos olhos,
Seja no espelho ou na catedral,
Seja na praia ou no bar,
Nos feed vazios repletos de cinismo.

Só tristeza.

Vejo o cansaço nas costas,
A mente pesada de tanta bordoada,
Ouço o silêncio dos violentados.
Sinto a mediocridade.
Em vossos, nossos corpos.

Meus olhos ja seguram,
Minha vista embaçada,
Ouvidos treinados.

Sou medíocre, sou pedaços,
Sou idiota e esquisito,
Um estranho, um louco,
Um ressentido,
Um bicho.

Um bicho...
Um lixo.

3 de dez. de 2017

Corpo

A vida me disse cedo:
Se vira.

Virado para o mundo apanhei,
Pois minhas dores são piada,
As minhas cores não são valores,
E minhas marcas, não declaradas.

Vivi fugindo do espelho,
Sem me enxergar, sem ver,
Sem olhar tudo que neguei.

Talvez a resposta esteja lá,
No que eu não quero ver,
Não por medo do que verei,
Mas do que estará me olhando.

Rugas, pele, fluído, carne, suor,
Sangue, vísceras, glóbulos e gônadas.
Isso não era medo meu,
Me ensinaram a me temer.

Talvez eu não consiga explicar,
O dezespero e o desgosto.
Talvez seja vaidade,
Ou talvez...

Eu seja só corpo.

25 de nov. de 2017

Epoché! - Poesia



Epoché!


A vida tem sido dura,
Incrivelmente quero continuar,
Medonha,
Quase insuportável,
Mas sei que a realidade está em meu coração,
e essa realidade não abandonarei,
não brigarei com o mundo.
Por mais que ele seja horrível,
degenerado, decadente e podre,
a realidade tem espaço garantido.

Não há nada de belo aqui,
nada de eudaimonico,
nada de parcemonia,
epoché!

Essa realidade onde energias se devoram,
onde tudo vai pra frente,
um querendo enganar o outro,
onde só se pensa na consequência das coisas,
onde o fim é sempre a regra...
Essa eu desprezo.
Essa me machuca, me fere.

Mesmo sangrando quero continuar,
Pois o futuro não é a vida,
só há aqui e agora,
só há vazio e tempo,
só há dor e sofrimento,
só há desejo e deformação.

Nesse oportunismo do presente,
me saciarei das pequenas coisas,
das mais fúteis, inúteis e vazias.
das quais me forço a querer cada vez menos,
me saciar com menos.
Menos doce, menos salgado.
pois percebi que tenho que controlar meus desejos,
para não desejar demasiado,
o que não preciso.

Comer, Digerir, Excretar,
Dormir e Acordar...
Fugir dos predadores.
Não me escravizarei pelo resto.
Porque só o que é real tem espaço no meu coração.
Nem Deuses, Nem verdades,
Nem espíritos, Nem Eu,
Apenas uma existência banal e mundana,
da qual farei a minha maior obra.
Acompanhado daquilo que chamam de outros,
Acompanhado... farei do que fazem de mim
Aquilo que faço comigo.
Percebendo, Agindo...
Vivendo.

23 de nov. de 2017

Memórias









Que se passa diante de mim,
Algo que me refiro,
E some,
Do que não fica,
Do efêmero que se estende eternamente,
Ao não tateável,
As palavras, pequenas,
Sons.
Eu me lembro.

Demasiado Simples


Demasiado Simples


Eu não sei o motivo,
Dessa calma que me toca,
Dessa sensação tão bonita,
Tão linda...
E melancólica.
É algo estranho de se dizer,
Algo tão vazio,
E tão cheio de nada,
Tão rítmico.
Tem gosto de grama, de mato,
De abraço sincero.
Fantasia pura que se passa aqui,
Uma eternidade pretendida.
Uma lamentação pelo final,
Uma contentação com o que foge...
Das minhas deliberações,
Dos meus anseios,
Dos meus sonhos,
Dos meus desejos...

Uma contemplação da confusão,
Das memórias confusas,
Um cheiro com cor indiscernivel.

A vida...
A gratidão presenteia a mim,
Como eu queria essa sensação sempre,
Saciar-me com o inexplicável simples.

15 de nov. de 2017

Companhia


Companhia

Vivi coisas... Das quais,
Não sei como aguentei.
Ainda as vivo.
Sigo em frente.
Deformado pelas agressões do mundo,
Que continua aqui,
Me agredindo.
E eu continuo sem entender:
Como eu suporto?
Penso as vezes que não suporto só,
Porém, difícil é não me ver só,
Rodeado por pessoas cheias...
Cheias de respostas...
Vivo por Deus, Vivo pela verdade,
Vivo pela política...
Tantas justificativas...
Deus facilitará minha morte.
A Verdade será alcançada na morte.
A política não silenciará minha morte.
Tantos vivendo pela morte...
E eu querendo viver pela vida.
Os que vivem pela morte,
Nem vivem mais.
Não me fazem companhia.
Sozinho estou.
Odeio essa voz assombrosa da morte,
Que insiste em me convencer...
A morte é melhor.
Como eu odeio essas vozes.
Gosto das que não tem respostas,
Das que sofrem como eu,
Que são de carne e tripas,
Que cagam, trepam, e infelizmente morrem.
Essas vivem pela vida,
Dolorosa e deformante,
E esses que não sabem como aguentam...
Esses sim, são as verdadeiras companhias.

20 de out. de 2017

Suicida.


Suicida


Cheguei aqui,
E sem querer progredir,
Quero que me justifique a vida.
Pois isso é a única coisa que interessa.

Como pode viver sem isso?
Se não há o que justifique,
Por que não o suicídio?
Moral? Ah! Faça-me o favor!

Me justifique,
Como posso ter certeza que a vida é boa,
Que a felicidade existe?
Me chame de pessimista ou cético!
Mas me demonstre a felicidade.

Se não sabe onde está,
Como pode ter tanta certeza?

Ou não é a felicidade que tem maior valor?
Seria Deus o ídolo a quem devo perseguir?
Piada! Deus não faz diferença.
E se faz, o que tenho com Deus?
Não o conheço.

E você me dirá que não devo me matar,
Pois isso é um momento e passará.
Já disse!
Como você sabe?

Pois bem, não é gozado, 
Ao tentar justificar a vida, 
A única coisa que eu realmente queria, 
Era que você me dissesse.

Execrável dureza de Ser.

O sexo.
Por que o sexo?
Reprodução?
Prazer...

Por todos os Deuses!
Eu os clamo para esclarecer,
Por que o sexo?

Para aliviar tensões?
Ciclos sociais? Aceitações?

Pois que forma degenerada e decadente.
Tudo pelo sexo, pelo sexo!
Corja mutiladora de não-identidades!

Que o sexo é bom por natureza,
Disso não duvido,
Mas pra quem não é mais animal...
Ou melhor, pra quem acha que não é.
Eu duvido!

Podre.

Uma decadência.

Eu tenho raiva.
Que por mais que não entenda,
Por mais que não tenha razão alguma.
Como essa porcaria,
Consegue ser tão gostosa.

Devo ser um lixo mesmo.
A execrável dureza de ser.

Como?

Escuridão que chega calada,
A brisa que faz janela assoviar,
Os tons de pensar mudam.

Olho para o teto, turvo,
A noite me pede respostas,
O que é a morte?
Por que estou aqui?

A filosofia não ajuda a falar,
Entender e discursar sobre o mundo,
Sobre a vida e suas contradições.
Não auxilia nem um pouco.

A filosofia ajuda-nos a apreciar.
O silêncio, essas respostas,
De como foi ontem,
Como sera amanhã.

Fico aqui, calculando, no silêncio.
Me pergunto como cheguei aqui,
Cada processo... E confesso.
No silêncio, coisas que não quero ouvir.

Não é um estado triste, mas dói.
Sofro por não saber o que não é a vida.
Mas consciente do que tem valor,
Da vida, a única que posso experienciar.
Me silencio, não por entendê-la,
Mas para aprecia-la.

18 de out. de 2017

Alucinações lúcidas.

Mais uma vez,
Um antigo amigo bate a porta,
É o tédio.

O silêncio grita alto,
Estremece meus desejos,
Foco na visão,
Percebo pouco.

Sinto o vazio.
Quer se preencher.
Dói.

Um inseto encosta em mim,
Num susto,
Onde eu estava?
Como pode ser possível?

Não estava eu olhando para o nada?
Para o nada...
Para o vazio.

Quando o mundo é vazio de si,
E busca preencher-se fora...
Ou busca preencher-se por si só...
Não entendo.

Como posso eu atribuir algo a mim?
Sou nada? Sou vazio?
Serei eu um eterno apaixonado?
Sempre me preenchendo...
Na atribuição do outro.

O inseto caiu no chão.
Meu joelho treme,
Tenho medo de aranhas.
Mas felizmente é um besouro.
Não é mais um problema.

Voltando ao tédio,
Onde eu estava?
Ah é!
Estava tentando descobrir onde estava,
Acho que estou ficando louco...

Eu não estava assustado com o inseto?
O tédio... O inseto...
Por fim o inseto me levou o tédio.
O tédio agora volta a mim.

O tédio!
É o vazio que vai e volta.
Como um copo sem fundo,
Um cilindro por onde algo passa,
E mexe com minha energia...
Pff.. Viajei.

Agora que escrevi não faz mais sentido...
Sentido...
O que é sentido?
Será que o sentido é algo que passa pelo vazio?
Pelo tédio?
Mas o que é o tédio?

18 de set. de 2017

Pedra

Talvez seja mais fácil, ser pedra.
A pedra é inútil,
Não sente, não se machuca,
Vai pra onde o mundo mandar,
Não pensa,
Não é quase nada.
Eu gostaria de ser uma pedra.
Mas sou humano,
E infelizmente,
Eu me machuco tanto,
Com as pessoas que agem comigo,
Como se eu fosse uma pedra.

16 de set. de 2017

Apequenado.

Dissuadido,
Perco o sentido,
São tantos discursos vazios,
Eu não entendo mais onde encaixo,
Sou como uma peça manchada,
Mesmo encontrando um lugar,
A arte ficará falha.

Apequenado,
Tanta gente ao lado,
Berrando, convencendo,
Sei lá, é triste, é apequenador,
Isso me angústia,
Estamos juntos ou não?
Eu já não entendo mais.

Pessimismo que bate a mente,
Decandente, indiferente,
Cansado desse jogo falido.
Cansado da necessidade,
Um jogo sem fé,
Caminhos que se embaralham,
Esbarro, sofro, dói,
Vazio.

Ouço passos sem fim,
Gritos perdidos,
Risadas sádicas,
Ja nem reconheço meu reflexo,
Escorrego na ideia,
E a vida parece ser bem menos,
Apequenado,
O coração dói.
E o pior,
Parece não haver escapatória.

2 de set. de 2017

Curva de Potência.

Mais uma vez o fogo que arde em mim se levanta, agora não mais tão direcionado a uma identificação, mas justamente o contrário, algo ocorreu nos últimos dias.
Não tenho me sentido profundamente tocado, pra ser bem sincero, me sinto muito protegido de tudo o que o mundo apresenta, o caos pode tomar o meu dia, mas consigo retribuir o que vejo com certa calma.
É exatamente isso que vem me surpreendendo, eu estou vendo o amor fazer falta, e sem me afobar, me dedico.
Embora esteja parecendo papo de sábio das montanhas, as explosões que tenho, sejam de raiva ou de tristeza, são rapidamente superadas, estou bem.
Algo ainda me incomoda, a tentativa alheia de me fazer me relacionar com alguém, por que segundo eles, isso está me deixando louco, perturbado e triste.
Não sei bem como reagir a isso, nunca me senti tão bem com o que tenho de mim, não quero me relacionar com alguém tão cedo, cheguei a conclusão de que esse tipo de relacionamento destrutivo em que se enfiam as pessoas não me ajudará a nada, a não ser satisfazer um desejo meramente carnal. Não quero fazer de ninguém uma ferramenta para meus desejos.
Voltei a pouco a Marília, sinceramente, acho que fiquei pouco tempo em jacarei, gostaria de ter ficado mais.
Ando estudando quase que por vício, lendo vários livros, e me afogando em café.
Quanto a meu sono, parece estar mais alinhado com o que se espera de mim, no entanto, tenho sonhado, e isso ja faz alguns anos, quase todos os dias que eu estou perdendo dentes.
Me sinto vivo.

Felicidade. - Poesia

Felicidade.
Um símbolo para tanta diversidade,
Símbolo de significados múltiplos,
Contraditórios entre si.
Há quem analise como prazer,
Outros como um vazio.
A rebeldia dos símbolos agride.
Agride quem não os entende.
Uma ideal forjado por poder,
Por padronização e categorias,
Históricas e Sanguinárias.
Contemporâneamente a mim,
A felicidade é um valor,
E também é desconhecida por muitos.
Um símbolo...
Será a felicidade uma questão de fé?
Provoco. Enfatizo.
É possível ter a felicidade?
Estar feliz?
Seria a felicidade o esquecimento?
Da Morte. Da Tristeza.
Ou a aceitação?
Da dor, do sofrimento.
Será a felicidade individual?
Felicidade.
Aqui está um problema difícil.

27 de ago. de 2017

Eu não te roubei. - Poesia

Meu coração berra seu nome,
Fico me perguntando...
Quanto tempo isso vai durar?
Nenhum agosto passa despercebido

Eu queria falar isso pra alguém,
Mas nem tento,
Na certeza de que não vai adiantar.
Era 1 em 7 bilhões.

As vezes acho que é como vencer na loto,
E perder o bilhete.

A falta da oportunidade é o que me mata.
É o que entristece e angustia.
Eu sinto saudade.
Minha paixão ficou sem objeto.

Eu só queria que isso passasse.
Não é como não ser correspondido.
Isso dói muito, mas passa.

Só uma coisa me entristece.

13 de jul. de 2017

Desvio de Potência.

É como se algo me engolisse de dentro pra fora, chego ao fim de cada dia pensando que mais um dia eu consegui viver sem que ninguém me notasse, eu vejo um buraco tão grande dentro de mim que tenho medo disso ser visto nos meus olhos, eu fico pensando "olha, mais uma pessoa querendo ser minha amiga, mal sabe ela o tão desprezível eu sou" logo após me vem outro insight "todo mundo é como eu, podre, no fundo é tudo uma mascara social, ninguém quer seu bem verdadeiramente" olho pra dentro de mim e vejo que no fundo eu gostaria que meus amigos fossem felizes, que realmente queria vê-los bem, mas que talvez perto de mim isso não seja possível.
Não é (uma doença) fácil, tento tocar no assunto com poucos, de forma breve e leve, depois de 5 anos eu confesso que tem horas que é difícil manter a linha, optei por não usar remédios, olho pra mim as vezes e não me reconheço, insegurança com meu corpo não chega nem perto de dizer o que eu sinto, as vezes queria ser mais bonito, mas aí lembro que beleza é só mais uma forma de disfarçar o que tem de podre em mim.
O pior disso tudo é a sensação de estar mentindo mesmo quando digo a verdade, não como se eu fosse impostor, mas como se o que eu dissesse não fizesse diferença, eu tenho pessoas muito importantes pra mim, só do lado delas eu me sinto bem e longe desse sentimento, não diria que é uma dependência, eu prefiro que elas estejam bem do que eu.
Eu não sou ansioso. Eu tento manter o foco no presente ao máximo possível, mas rir pra mim tem sido cada vez mais difícil, assim como confiar, como abraçar, como chorar, eu sinto que estou perdendo toda a minha humanidade.
Eu amo. Eu tenho a plena convicção de que sei amar as pessoas, não como um Profeta do Amor, mas com uma dedicação que eu não vejo mais hoje em dia, e essa é a única razão pela qual eu tenho disposição pra viver minha vida, pelas pessoas que eu amo.
Já não vejo em mim nenhum desejo tão firme como eu tinha, acho que tenho o que preciso, e isso me deixa grato, eu não sou do tipo de pessoa que quer tudo novo e lindo, acho que isso é uma armadilha sem igual.
Tem duas coisas humanas que me causam medo. A mentira e o desinteresse. Uma pessoa vir conversar comigo desinteressada na conversa é algo que me assusta, a pergunta vem tão firme na minha cabeça que eu nem consigo me concentrar, "Por que essa pessoa está conversando comigo?". O mesmo vale pra mentira, não que eu ache que a verdade seja sempre possível, mas há momentos em que mentir parece só fruto de uma mente sádica, e isso me assusta.
Tenho estudado bastante nesses últimos tempos, infelizmente pareço estar desalinhado com o que a faculdade espera de mim, mas não acho que estou perdendo tempo fazendo o que amo. Estudar é outra coisa que realmente me deixa bem, um café e um livro conseguem me trazer paz.
Não tenho procurado "namorar" ninguém, estive apaixonado algum tempo atrás, e acho que isso ainda não esta bem resolvido em mim, mas pareço ter voltado a uma fase que estive 5 anos atrás, de não querer me relacionar superficialmente com ninguém, não acho que isso me cause problemas, mas a masturbação tem se tornado mais frequente, isso me causa estranheza.
Quanto a dinheiro, não me preocupo, não por que eu seja rico, mas me preocupar com isso não vai me trazer mais dinheiro, faço o que posso.
Eu tenho sentido muita falta de casa, não sei por que, nunca foi o lugar que eu mais gostaria de estar, mas não sinto falta do espaço físico, da sensação de estar preso ali, sinto falta das relações estabelecidas lá.
Faz tempo que não brigo com ninguém, brigas de interrupção não ocorreram mais, alguns desentendimentos acontecem, mas, isso já se tornou habitual.
A faculdade realmente está me matando, eu não estou dando conta de nada, ficar aqui mais três semanas está me deixando louco, o meu sono nunca esteve tão desregulado, nunca perdi tantos horários e eventos, sempre fui de chegar atrasado, mas esse semestre está de parabéns.
Junto a tudo isso eu me vejo sozinho a maior parte do dia, sozinho não de estar solitário, eu sei lidar muito bem com a solidão, sozinho de estar desacompanhado. Isso tem me matado aos poucos, eu entendo Espinoza quando diz que só se morre de tristeza.
Eu não tenho gostado de alguns outros sentimentos que me tem brotado, me sentir usado, eu me lembro muito bem das ultimas vezes que me senti usado, alguns anos se passaram e isso de repente brota.
Sério, é muito difícil levantar da cama, não me culpem por eu não levantar sorrindo.

29 de jun. de 2017

Medo - Poesia

Há quem diga que não sou amoroso,
Não sabem, esses, o tamanho,
Não tem dimensão do esforço que faço,
Para olhar em seus olhos,
Para contar-lhes sobre a vida.
Não imaginam o esforço que é levantar,
O medo, a insegurança,
Não sabem, nem tem ideia.
A força pra tentar é do tamanho do amor.
Tudo é muito difícil daqui,
Eu me pergunto quem é a louca no espelho...
Me perco.
Eu fico desconcertado quando a paixão vem.
Eu não "me acho" bom o suficiente pra ninguém.
Eu tenho medo de decepcionar, de errar.

Ha quem diga que sou espontâneo.
Que não tenho vergonha.
Espontaneidade nunca foi meu forte.
Quem conhece, sabe,
Como é difícil essa fase,
Se você pudesse ver o medo pelos meus olhos,
Veria, ele é imensurável,
Mas quanto a mim,
Falar mais será demonstrar mais minha vaidade.
O que precisa saber, que quando amo,
Eu faço do meu medo uma barreira,
Um limite.
Quando amo,
Eu ultrapasso meu limite.

Se te é pouco, desculpe.
Eu te garanto que faço meu melhor,
Só queria que você pudesse ver.

17 de jun. de 2017

Estrela - Poesia

Eu sou a noite,
Eu apareço no sumir da luz,
Ha quem consiga em mim ver brilho,
Mas ha vezes em que o céu esta escuro,
E a negritude fará de mim um vazio,
Vera tudo escuro e vasto,
Um vazio devastador,
Eu encanto quando deixo a luz passar,
E ludibriar os outros,
Ha vezes em que derrubo lágrimas,
Talvez aconchegantes, talvez solitárias,
O sono que sentem eu queria negar,
Ha vezes em que norteio,
Basta reparar bem,
Noutras, eu sou um vazio imenso,
Eu não existo à luz do sol,
O amanhecer me mata,
O cotidiano é pesado demais pra resistir,
Frivolidade apaga minha luz,
E essa só se mostra as vezes,
Na escuridão da noite,
A estrela maior me torna oculta,
Eu desapareço, mas continuo lá,
Brilhando, mas impossivel de ver,
Me revelo a poucos pontos de vista,
Pois nem todos querem ver brilho,
Alguns escolhem por não me ver,
E para esses eu sumo,
Não porque quero,
O motivo está em outros olhos,
Eu não entendo,
Só brilho em meio a noite que ressoa
Brilho sempre em movimento,
Minha luz te vê bem.
Eu sou uma estrela.
Posso não ter beleza ao brilhar,
Não carrego conhecimento algum,
Não tenho sentido e nem forma,
Eu estarei sempre brilhando...
Pois pra quem quer ver luz,
Tem que entender.
Luz não existe sem escuridão.

29 de mai. de 2017

Moral. - Poesia

Moral.

Sonolentas almas perturbadas.
Aguardantes de vias seguras.
Todo dia, todo dia,
Vingar o ego faminto.

Sonolentas almas vazias,
Cheias de vazios imensos.
Eterna falta de provas.
Teste? Deixe a Deus.

Acordado ciente,
Sofrerá

21 de mai. de 2017

Aterrado - Poesia


Aterrado


Ao invés de fé,
escolhi café,
me determinei a me aterrar,
fixar meus pés no chão.

É difícil não deixar o ar me levar,
São muitas respirações, aspirações,
Mas o mundo que me afeta,
Esse eu não posso negar.

Talvez as lacunas que tenho,
Não dê pra compartilhar,
talvez, antes de mais nada,
eu só deva tentar.

Junto a fumaça mais cheirosa,
quente, forte e sem açúcar,
eu me faça mundo,
e me deixe observar.

Paixão... Ou apego. - Poesia


Paixão... Ou Apego


A dádiva de se apaixonar, 
O olhar que penetra, 
Coração que sorri, 
É desejo fluminante. 
Parece com um infarto, 
Um sorriso que não desabrocha, 
Apego, Expectativa e Esperança, 
A gente pede pra se foder. 
E pede. 
E pede. 

Até que enfim, o desencontro, 
A dor inconfundível do desamparo, 
O medo do alvo do desejo, 
A imensidão do vazio, 
É como se encher de alegria, 
E perceber que você nunca a teve. 
É uma cilada. 
Daqui... Só tempo... 
Passa... Devagar... 
Passa... E como dói... 

Até que esquecemos, 
Achamos estar bem, 
A vida segue bem sozinha, 
E quando menos esperamos, 
Quando acordar não dói mais nada, 
O nome do desejado nem faz mais efeito, 
Nesse momento, 
Reconhecemos o desejo. 
Denovo. 
Denovo. 
E Denovo... 

Como é triste... 
Viver... 
Desejar da regra, a exceção. 
Pois bem,
Ou é isso, 
Ou desvia-se de tua jornada. 
Triste. 
Mal...
Nem sei mais o que dizer.

Palhaço - Poesia



Palhaço


O palhaço tem um peso, 
Nas costas, na consciência... 
Ele não tem culpa, 
Mas no âmago, a sente. 

O palhaço tem uma função, 
Ele assusta crianças, 
Agrada adultos... 
Adultos estão errados. 

A perspectiva adulta da vida... 
Tão erronea... 
A criança traduz a magia, 
Assim desmistifica o palhaço. 

O palhaço é a tentativa de correção, 
Ele tenta trazer a magia, 
O olhar da criança, 
Onde tudo é novo. 

O adulto perdeu a graça da vida, 
O palhaço lhe apresenta, 
E por mais admiravel que seja,
Alguns não entendem. 

Eu temo, não o palhaço, 
O palhaço não tem culpa, 
Temo a necessidade de haver palhaço. 

Por que precisamos do palhaço? 
Por que levamos tudo com peso? 
Por que vemos sofrimento? 
Onde está a criança que vive em ti? 

São as respostas a essas, 
Que perturbam, que assustam... 

Mas sigo, admiro o palhaço, 
Ele assumiu o enorme compromisso... 
De trazer alegria... 
A quem esqueceu de ser criança.

Não pergunte. - Poesia


Não Pergunte.

Não pergunte o que vi,
transpassar o olhar é desacato,
mata-se a sensação,
e nada ocorre.
Quando estou triste,
moída, arrasada.
Tenho plena convicção de que não.
Seja honroso a sua atuação,
e descreia.
Herege!
Não me pergunte o que vi.

18 de fev. de 2017

It's Not About Money - Poesia

 

It's Not About Money

 
 Parece que o mundo ficou louco,
eu só queria um encontro feliz,
está todo mundo com pressa,
e esquecem que a vida é aqui e agora...

Sei que você pode sentir isso,
essa vontade de viver,
e em contrapartida,
a corrida pelo dinheiro impedindo.

São tantas obsessões,
parem por um segundo,
olhem para o lado,
é a vida que está acontecendo.

Chega de se importar com dinheiro,
um papel de passagem,
procure algo que faça valer a pena,
valer a sua efêmera existência.

Minhas Asas - Poesia

 

Minhas Asas

 

Nessa guerra infantil,
Entre Anjos e Demônios,
Pulverizando Corpos,
Sigo sem confiar,
Não é como se fosse preciso, ...
Não existe razão,
Não existe feitiço,
Fechar pactos,
Tudo parte de uma briga entre irmãos,
Linha fina...
Entre o Céu e o Inferno.

愛 - Poesia

 

 

Eu, frio, do passado,
Menino revoltado,
O feio, ridículo,
Estranho, afetado.

Eu, sem perspectiva,
Não pensava em saídas,
Quem sabe um abraço,
Talvez, um esculacho.

Eu, vaidoso,
Eu amava, eu amava.
Ninguém amava mais que eu.
Pena...

Eu, silencioso,
Não havia ninguém pra escutar.
Eu sozinho,
Queria um lugar pra voltar.

Eu, amante iniciante,
Sentia o perfume agradar,
E com o coração partido,
Só sabia chorar.

Eu, passei,
As lágrimas fizeram o caminho,
E hoje falo, sincero,
Com aqueles que tenho carinho.

Só Amo - Poesia

 

Só Amo


Você pode me ouvir?
Ou devo me aprochegar?
Me diga que ouve,
Leia o que tenho a te dizer...
Pois eu flutuo,
eu fujo feito pássaro,
minha liberdade me abre as asas,
e me imagino no ar.

Canto,
pois alegre ao te ver,
expresso.

E finalmente... Amo,
sem justificativa nenhuma,
Só Amo.

Quem? - Poesia

 

Quem?

 

Já amo-ou?
Quando as coisas saem do lugar,
Nós saimos, nós tentamos.
Mas é mais fácil se convencer de sonhos.
...
Onde esto-ou?
Quem sabe a pergunta faça mais sentido,
Se estiver nos ares.
Ou?
Ou?
Quem será o mirado da vontade?
Ou?
Ou?
Me diga o que quero dizer...

Chave - Poesia

 

Chave

 

Não esperar nada.
Não temer nada.
Eis a chave da Inteligência,
e se por ventura,
aventurar-se com a ilusão,...
fantasias e indeterminações...
Lembre-se.
O Amanhã não existe.

Mascarar - Poesia


Mascarar


Falsos sorrisos,
Plastificam interiores,
Produtos, Serviços,
Exportam, importam,
E quem se importa? ...
Aos interesses humanos,
Convívio, Coletivo...
Seremos sempre mercadoria?

4 de jan. de 2017

Aqui de Dentro - Poesia


Aqui de Dentro


Olhe pra mim,
Estou em trapos,
Com os olhos apagados,
Nada brilha, nem faísca.

A chama do desejo se apaga,
E novamente estou aqui,
No escuro, gritando, desesperado,
Socorro, eu estou perdido.

É uma pena ninguém ouvir,
De dentro o barulho me mata,
Torço tanto pra acabar.

Eu penso em meus amados,
Me sinto ingrato,
Penso no meu amado, sabe?
Mas só penso...

Parece que vai ser só um berro,
De desejo,
No meio de tantos outros.