Mais uma vez,
Um antigo amigo bate a porta,
É o tédio.
O silêncio grita alto,
Estremece meus desejos,
Foco na visão,
Percebo pouco.
Sinto o vazio.
Quer se preencher.
Dói.
Um inseto encosta em mim,
Num susto,
Onde eu estava?
Como pode ser possível?
Não estava eu olhando para o nada?
Para o nada...
Para o vazio.
Quando o mundo é vazio de si,
E busca preencher-se fora...
Ou busca preencher-se por si só...
Não entendo.
Como posso eu atribuir algo a mim?
Sou nada? Sou vazio?
Serei eu um eterno apaixonado?
Sempre me preenchendo...
Na atribuição do outro.
O inseto caiu no chão.
Meu joelho treme,
Tenho medo de aranhas.
Mas felizmente é um besouro.
Não é mais um problema.
Voltando ao tédio,
Onde eu estava?
Ah é!
Estava tentando descobrir onde estava,
Acho que estou ficando louco...
Eu não estava assustado com o inseto?
O tédio... O inseto...
Por fim o inseto me levou o tédio.
O tédio agora volta a mim.
O tédio!
É o vazio que vai e volta.
Como um copo sem fundo,
Um cilindro por onde algo passa,
E mexe com minha energia...
Pff.. Viajei.
Agora que escrevi não faz mais sentido...
Sentido...
O que é sentido?
Será que o sentido é algo que passa pelo vazio?
Pelo tédio?
Mas o que é o tédio?
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