Converso com as paredes,
Frias, me trazem segurança,
Tenho menos medo do mundo,
A luz acessa incomoda meus olhos,
A beira de um surto, tranquilo,
Pois sou eu o único a lidar,
Não serei um fardo a ninguém.
Eu nunca quis.
Mas parece que eu exijo demais,
Então é preciso ficar sozinho.
Essa alma pavorosa não assombrará ninguém.
Esse parasita imundo.
Esse péssimo amigo.
Esse verme desprezível.
Esse que vos fala, paredes.
Se cala perante o explendor do silêncio.
Do vazio.
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