No fluir do mundo,
Não me contento,
É a constatação de um grito útil.
É a inflamação das córneas,
Da cólera que me domina.
Da que me destrói dentro e fora,
Se é que há algo fora pra destruir.
É tão vazio, tão vazio...
Mas não é silencioso.
É a ferida aberta que sangra ao cutucar.
A que dói.
E a que eu mais precisava segurar o grito.
Mesmo que esteja aflito.
Porque o grito nunca é pra mim.
Eu preciso olhar pra quem levanto a voz.
Pra ontem!
Pois hoje só consigo ver como sou incoerente.
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