Eu bem sei que vem e vai,
Como uma chuva num dia de verão.
É intenso demais pra que isso me console,
Essa maldição parece me tomar tudo.
Tudo, em sentido amplo,
Eu chego a esquecer quem eu sou.
Não é que eu seja puxado pra baixo,
Nem pra cima,
É me colocar do avesso.
Eu não me reconheço.
Passo a visitar recordações,
E percebo cicatrizes profundas,
Não há paisagem que me distraia.
Aos símbolos, dedico horas,
Penso em cada palavra, cada gesto,
Me apavoro nas minhas conclusões,
E tenho medo de comentá-las.
E talvez, seja parte disso.
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