Musicas

19 de abr. de 2018

Gênese de uma relação.

Noto pelo passar dos dias o quanto falar é um exercício difícil, e não é só pela agradabilidade de uma conversa, mas virar raízes para cima não é um exercício tão simples.
Falar pode ser difícil, pode ser inconveniente e pode te deixar com uma sensação inquietante: a sensação de que você é mal quisto. É uma sensação terrível, eu não chego a ter palavras que sejam suficientes para escrever sobre isso, sentir que ser o que é significa ser o que as pessoas temem que seja, ou um pouco mais profundo que isso, deliberar contra a vontade majoritaria de ser aquilo que é agradável.
Ah Nietzsche, como faz pra escapar do que te incomodava? Pois o incômodo é igual, a conclusão pode ser triste, mas não tem nada de ingênua, antes estar acompanhado da solidão do que de falsas companhias. Bem, é esse o caminho, mas o que fica como reflexão é como estabelecer vínculos afetivos que estejam de fato ali? Como distinguir o fiel do infiel?
Ofélia...
Chegar nessa melancolia é realmente quase como enlouquecer, é basicamente virar pro mundo e dizer que estou triste, e mais, estou bem estando triste, eu sei que é um estado de negociação com o mundo.
Será que terei que sacrificar mais algo em breve? Me pergunto o que me sobrou...
Um dos meus melhores amigos parou de falar comigo recentemente, estou plenamente chateado, principalmente por não entender o motivo, embora ele tenha explicado... Eu devo ter alguma dificuldade de entender o outro, e não é como se eu não estivesse disposto a ouvir...
Coloquei em cheque o amar.
Será mesmo que eu sei amar alguém? Se sim, então por que me sinto um lixo com isso? Se não, então aonde estou falhando?
É difícil colocar uma questão em cheque quando a referência, ou a gênese da pergunta não está consigo.
Uma amizade vai embora com as chaves do castelo... Aqui morre uma parte de mim, impossível de se trabalhar, de crescer, de cuidar... E por mais que isso fosse difícil, não estava disposto a tal ponto... Espero que a menos eu tenha lhe dado algum momento alegre, isso ja bastaria não só por uma vida, mas pela vida dele.
Bem... Talvez eu saiba amar.
Ou talvez não?

Nenhum comentário:

Postar um comentário