Todos. Um a um, ano após ano.
Não retornaremos a esse mundo.
Todos. Todos.
Da formiga que você pisa sem ligar,
Esse inseto, pequeno.
Até a maior das sequoias.
A lula gigante dos mares.
Morrerão cada folha de grama,
Cada abelha, cada mosca.
Os peixes do aquario,
Os animais do zoológico.
Os morcegos hão de morrer.
Os passaros, os gatos, os cães.
Seu filho, seus irmãos, seus pais.
Seu amado, seu amor... Você.
Eu.
Morreremos.
Talvez seja justa a pergunta:
Por que?
Mas antes dessa, outra:
Por que manter vivo algo que nasce sem razão?
Sem pedir, sem querer.
Nascemos sem pedir,
Existimos na medida em que estamos,
E morremos sem querer.
Como se nunca houvessemos existido.
Morrerão as estrelas,
Galáxias serão engolidas.
Lembranças serão esquecidas.
Mas é isso.
Viveremos até morrer,
E morreremos. Uma vez só.
Morrerão egos, sociedades,
Doenças, casamentos, valores,
Tudo será menos que pó.
Eis a chance de existir...
E conviver com o fato:
Morreremos.
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