Que as coisas mais pífias da infância,
Vão se tornando cada vez mais raras.
O tempo passa e percebemos,
Que talvez a nossa memória nos sabote,
Que a infancia cadecia de estratégias,
De faculdades de pensamento,
De competência.
De amizades verdadeiras.
O tempo passa e percebemos,
Que a nossa mente preserva o bom,
Pra nos convencer a continuar.
O tempo passa e percebemos,
O quanto o tempo dói,
E o quanto as pessoas o desejam,
Desejam que o presente se destrua,
Em nome de um futuro prometido,
Um além longe daqui.
O tempo passa e falecemos.
Deixando memórias a outros,
Que ficarão aqui.
O tempo passa e nos esquecem.
E assim, a finitude fez uma existência.
Inúmeras existências se foram.
Algumas estatísticas da história,
Outras guardamos na memória.
Quero conhecer a heroína atrevida,
Que no decorrer de sua vida,
Escolheu não que o tempo passasse,
Mas que permanecesse,
Não em memória, em ato.
Não em palavras, em ato.
Não na alma, mas em ato.
Eu quero conhecer a dita cuja,
Que petrifica o tempo, tornando-o eterno,
Na vida de quem a reconhece.
O tempo passa, e a gente esquece.
Que a vida passa.
E a gente...
Perece.
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